quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Chocolate amargo reduz risco de ataque cardíaco

Estudo mostrou que consumir o produto com moderação tem efeito protetor nas mulheres

Uma pesquisa americana afirma que mulheres mais velhas que comem chocolate amargo uma ou duas vezes por semana podem reduzir o risco de doenças cardíacas em até 32%. No entanto, as que comem todos os dias não têm o mesmo benefício.

A pesquisa foi publicada em uma revista científica da Sociedade Americana do Coração. Os cientistas analisaram dados de cerca de 32 mil mulheres entre 48 e 83 anos ao longo de nove anos.

O estudo mostrou que o consumo de até duas porções de 19 a 30 gramas de chocolate amargo por semana reduz em até 32% o risco de doenças do coração. Quando a quantidade de chocolate aumentou para até três porções, o índice caiu para 26%. A redução de risco foi nula nas mulheres que consumiam chocolate amargo todos os dias.

Foto: Getty Images/ Por BBC Brasil | 17/08/2010

Benefícios do chocolate são creditados aos flavonóides, que ajudam a proteger o coração

Açúcar e gordura

A pesquisa ressalta que comer muito chocolate não é saudável, por causa do alto índice de açúcar e gordura, que ajudam a promover ganho de peso. No entanto, o chocolate contém altos índices de flavonóides, uma substância que diminui a pressão sanguínea e protege contra doenças do coração.

Os pesquisadores afirmam que o novo estudo é um dos primeiros a identificar alguns dos benefícios à saúde do chocolate amargo no longo prazo.

"Não se pode ignorar que o chocolate é relativamente intenso em calorias e que grandes porções consumidas habitualmente aumentarão o risco de ganho de peso", afirma Murray Mittelman, um dos autores do estudo, da Beth Israel Deaconess Medical Center, de Boston.

"Mas se você vai se dar um agrado, chocolate amargo é provavelmente uma boa opção, desde que consumido com moderação."

A diferença na qualidade do chocolate também afeta o benefício que o produto traz à saúde. Quanto mais cacau, maior o benefício. Chocolate amargo pode conter até 75% de cacau, enquanto chocolate ao leite em geral possui até 25%.

Para a nutricionista Victoria Taylor, da Fundação Britânica do Coração, o estudo mostra a importância de se achar o equilíbrio correto na alimentação.

"Antes de se jogar nos doces, é preciso lembrar que enquanto alguns antioxidantes do chocolate são bons para o coração, os mesmos antioxidantes também estão presentes em frutas e vegetais – comidas que não têm gordura saturada ou alta caloria como o chocolate", disse ela.

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